14 abril, 2006

Quem falha, eu ou o amor?

Não tenho tantas experiências...
Não sou conhecedor de vários livros...
Mas pelo todo pouco contato que já tive com as vivências do mundo, não encontrei um amor tão perfeito como o que está presente no Novo Testamento!
Um amor de renúncia, exortação, carinho, compreensão, incondicional e pra todos!
Esse não é o modelo ideal de amor que sempre buscamos?
Eu digo por mim que sim, mas não poucas vezes não acredito que o meu amor pode ser tão perfeito assim.
Então me conformo com minha situação e acabo ficando na metade do amor que existe em mim.
Essa metade, que não é o amor verdadeiro, passa para as pessoas como se fosse um amor inteiro.
Sei bem que, por mim mesmo, não posso oferecer um amor tão perfeito para o meu próximo, mas posso, pelo menos, oferecer um amor que busca ser perfeito.

Tenho aprendido que a perfeição do amor está em sua busca e não na perfeição em si.
O amor não falha! Eu é que falho não acreditando na sua integridade.
É triste constatar que às vezes desculpo minhas atitudes como sendo de amor para com o irmão, mas na verdade desejo beneficiar a mim mesmo.
É triste não acreditar que se dou amor de graça aí é que serei feliz!
É triste perceber que desconfio do amor e me apego ao que posso ver e ouvir.
Parece que o exemplo de Jesus não basta! É estranho...
Qual outro exemplo seria melhor para representar o amor que doa e ganha muito mais senão o de Jesus?
Morreu pelo amor e ressuscitou logo em seguida! Isso é fantástico!
E ressuscitou glorioso e pleno, pois havia cumprido sua missão de amar até a morte, e morte de cruz!
Não será minha missão também amar até a morte, e morte de alguma coisa?
Tenho certeza que sim.
Se Jesus, detentor da verdade, se humilhou e foi o ultimo em tudo e quanto a mim?
Concluo com isso que sou muito falho.
O que não posso é deixar que minha imperfeição freie todo o poder que amor tem por si só.
O meu amor, ainda que morando em casa tão feia, se mirado ao coração do próximo com a intenção de beneficiá-lo será perfeito.
Não por mim, mas pela plenitude da graça salvadora que Jesus já me deu!
Ou não acredito que á medida que busco ser um evangelho vivo e autêntico Jesus passa viver em mim?
O amor não é falho porque não sou eu que o dispenso, mas é o próprio Amor!

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