28 julho, 2008

Sociedade, reflexo de mim...

Que besteira a minha pensar que a sociedade terá atitudes diferentes das que eu tenho...
E ela está doente...
Então fico pensando no que faço quando estou doente...
Procuro um médico para dar um diagnóstico da minha doença e receitar um tratamento para melhorar minha saúde física, isso quando não sou eu mesmo que ataco os sintomas, tomando remédios sem receita!
Mas que médico consegue relacionar de forma satisfatória a doença com minha vida?
Que médico é capaz de responder a pergunta “Porque desenvolvi essa doença?”?
Não existe uma reflexão profunda das minhas emoções com as minhas doenças...
As vezes, até desconfio que minha garganta está doendo porque estou cheio de trabalho, mas fica por isso mesmo...
Não procuro realmente combater a doença na raiz, na minha raiz...
Não é assim que são tratadas as doenças da sociedade?
Mas aí alguém me perguntaria: Você acha que é possível existir médicos tão competentes a ponto de poder nos ajudar a combater as raízes das nossas doenças?
Eu acho que é possível sim, mas imaginem quantos médicos seriam necessários!
E aí está o ponto chave...
Ficamos tentando arrumar um jeito de criar médicos mirabolantes para curar as doenças da sociedade, e esse se torna o nosso maior desejo até esquecermos o nosso foco inicial: o doente!
A doença se torna o foco...
As discussões são em cima das leis para combater o tráfico e não mais como resgatar o traficante!
Queremos opinar sobre as mulheres que ficam grávidas em estupro, mas não “perdemos” tempo de discutir sobre o estuprador!
A raiz não é o estuprador e seus problemas pessoais?

Não, Renato, cê tá louco?
Esse tipo de tratamento é caro demais...
É doloroso demais porque mexe com coisas pessoais, íntimas, profundas...
Nisso a gente não deve se meter! Cada um cuida da sua vida...
É bem mais fácil falar da doença, que é “impessoal” do que o falar do doente!

Não é isso que acontece nos consultórios?
Mas eu não vou perder a esperança!
Porque se a sociedade reflete a minha doença, também pode refletir minha saúde...
Sei que existe Um desses médicos perfeitos que sabe muito bem sobre as doenças e sabe muito mais sobre os doentes...
E se a sociedade é um reflexo de mim, sei muito bem quem Esse médico deve começar a atender!

17 julho, 2008

O amor é simples mesmo!

Foi uma situação muito simples que me despertou para uma reflexão profunda sobre meus fechamentos. A gente vai vivendo, vivendo e muitas vezes não se dá conta que está se fechando num mundo próprio.
Bom, a
conteceu que participei de um curso de batismo na igreja de Fátima, organizado por pessoas muito simples da comunidade.
Quando cheguei lá e os vi eu julguei que o curso seria uma monotonia total. Mas por que pensei isso?
Me fechei no meu mundo, pensando que eu só poderia me formar nos moldes em que estou acostumado: lendo bons livros, conversando com pessoas que têm curso superior, estudando materiais acadêmicos. Me esqueci completamente que de que Deus revela seus segredos aos pequenos.
Aquela senhora pobre, tão simples e que nunca teve oportunidade de freqüentar uma universidade começou a falar do amor de Deus de uma forma que ninguém nunca me falou. Era um tom que nunca li em livros. As suas palavras eram vivas, provadas numa experiência tão difícil de vida. Já catou lixo na rua pra comer. Estava eu diante de uma verdadeira sabedoria abstraída de uma vida sofrida e dependente de Deus.
Eu realmente sou muito humano mesmo...
E pra eu pensar que sou melhor que os outros basta que eu me distraia um pouquinho com as coisas do mundo...
Sinto que Deus me quer mais perto dessas pessoas simples, talvez por esse meu anseio de ser simples também!
Eu estou com o coração agradecido por que me lembro de uma canção que fiz há um bom tempo que diz assim: “O amor de Deus quebra a minha carne e se peço me faz amar de verdade...”
Isso está acontecendo realmente comigo...
Peço a Deus a simplicidade, e Ele tem me mostrado onde a encontro...
Obrigado Senhor, por tudo isso!