Paradigma X Amor

Eu não vejo o mundo da forma que ele é, mas sim da forma que eu sou...
Tenho uma grande dificuldade de olhar para o outro e enxergar o que ele realmente é, pois a minha tendência é procurar nele aquilo que sou.
Preciso ter consciência de que na compreensão do outro olho para as minhas experiências, e essas não são a verdade absoluta!
Ou seja, a todo instante estou vulnerável a cometer grandes erros na minha compreensão do outro e das coisas que estão à minha volta.
A esse referencial interno que temos chamados de paradigma.
Nossos paradigmas são constituídos principalmente durante a nossa infância.
Não é boato essa história de que nos primeiros anos de vida é formada a nossa personalidade. Mas se hoje eu vejo o mundo de uma forma, porque fui ensinado assim, não quer dizer que eternamente verei o mundo dessa mesma forma!
Eu tenho direito de escolha! Eu não sou uma mera vítima dos meus paradigmas!
Eu posso rever meus paradigmas!
Essa revisão se dá ao mesmo tempo em que me conheço mais profundamente...
É me conhecendo que saberei quais sãos os meus princípios fundamentais de julgamento do meu mundo e do mundo alheio!
E uma boa notícia que tenho tido, é que o amor é mestre em quebrar paradigmas!
Pelo amor eu me conheço e revejo meus conceitos...
Pelo amor eu me liberto da visão pequena à cerca do mundo e dos outros!
Somente pelo amor, sou agraciado com a capacidade divina de ver o coração e não só a aparência do homem!
Já que entro em contato com a verdade, não preciso usar de nenhum referencial interno para compreensão do outro.
Mas como tudo que é divino é perfeito, não encontro a verdade do outro se não dou a ele a minha verdade!
Amor consiste nisto: Dar minha verdade ao outro,
Dar o que sou ao outro, e não o que tenho.
Pois o que tenho são paradigmas fadados ao erro.
Pelo amor, o outro me devolve a minha verdade.
O amor é risco e acerto!