29 maio, 2007

A dor de ser humilde...

Penso que na humildade está uma das maiores libertações do Homem.
Ao mesmo tempo, é na humildade que se encontra uma das maiores dores.
Pois, de certa forma, ela é uma conseqüência da humilhação.
E quem deseja ser humilhado?

Pensava que só precisava me humilhar diante de Deus. Ledo engano...
Quem ama a Deus sem amar o próximo?
Diversas vezes o amor ao próximo requer muita humildade...
Amar passa a ser sinônimo de se humilhar...
Por mais que eu tenha certeza de que estou com a verdade, não posso me esquecer de minha condição humana, e se cheguei próximo à verdade tudo se deve ao próprio Deus. Nada consegui com minha força...
Não tenho que me considerar melhor que os outros. Pelo contrário, devo me lembrar que Deus escolhe os fracos para confundir os fortes...
Esse caminho é doloroso, mas é um único para uma verdadeira libertação!

Anseio pelo dia em que andarei pela vida mais conhecedor de mim mesmo...
Mais pobre, mais pó, mais humilde...
Com menos medo da humilhação, mais livre...
Mais santo e mais puro...
Mais verdadeiro...
Mais humano...

16 maio, 2007

Ciclo...

Porque é tão difícil viver o evangelho?
Por que é muito difícil entende-lo...

Porque é tão difícil entendê-lo?
Por que ele é muito simples...

É preciso entender o evangelho pra vivê-lo?
Acho que é mais importante que o evangelho faça sentido...

É preciso entender uma coisa pra que ela faça sentido?
Eu acho que o evangelho faz sentido quando é vivido...

Porque o evangelho não é entendido?
Por que ele é muito simples...

Você é anti-racionalista?
Eu acho que não é preciso entender tudo pra se viver plenamente...

O que é viver plenamente?
É entender tudo...

Você não está se contradizendo?
Quando vivo plenamente eu entendo tudo que preciso entender...

O que é preciso entender?
O sentido das coisas...

Onde está o sentido das coisas?
No evangelho...

09 maio, 2007

A natureza do natural...

Já reparou que só sentimos o cheio do ar quando ele está com um cheiro forte, seja bom ou ruim?
Já reparou que sentimos o cheiro de nós mesmos quando estamos com um cheiro forte, seja bom ou ruim?

Estou pensando nisso...
É difícil diagnosticar algum problema em nós quando as coisas estão seguindo naturalmente...
As vezes, mesmo estando com alguns problemas, não percebemos porque o meio à nossa volta caminha junto com a gente...

Tentando explicar...
Como conseguirei notar que estou cheio de pré-conceitos se as pessoas que convivo também estão?
A nossa natureza humana busca sempre um “feedback” e quando estamos no meio de amigos que pensam como nós mesmos fica muito difícil atinarmos para nossos equívocos.
Lembro-me das palavras do C.S. Lewis...
Ele dizia que amizade é uma das coisas mais bonitas do mundo, mas também pode ser muito perigosa, pois, se vamos confirmando os nossos pensamentos errados num círculo de amigos, podemos destoar fortemente do caminho reto...
Precisamos ter muito cuidado!

Já reparou como às vezes passamos a definir as coisas da mesma forma que nossos amigos as definem?
E o pior é que passa um tempo e não conseguimos reparar que isso aconteceu...
As definições passam a ser naturais...
Pensamos que desde sempre definíamos assim...

Chego a conclusão da bondade que está em refletir sobre as minhas posições...
Será que o que penso hoje é realmente o que penso?
Será que não comprei um conceito formado de um amigo só porque o admiro?
As coisas fazem sentido pra mim?
Será que o que me é natural hoje é realmente da minha natureza?

Quero viver minha essência!
Às vezes vivo nas aparências propositalmente...
Mas muitas vezes vivo nas aparências sem me dar conta disso...

25 abril, 2007

Quero ser feliz pra ser feliz...

Estar em busca da felicidade já é um belo motivo para ser feliz!
Muitas pessoas não buscam a felicidade,
Outras nem sabem que a felicidade existe...

19 abril, 2007

Meu maior medo, uma santa oportunidade...

Engraçado...
Ontem e hoje eu falei com dois amigos sobre meu maior medo:
Tenho medo de ser rejeitado pelas pessoas que amo!
Parece um medo infantil né? Pois é...
Talvez esse medo tenha sido, muito tempo da minha vida, um grande empecilho para que eu pudesse ser eu mesmo diante dos outros.
Sempre querendo agradar eu acabava escondendo minha essência...
Depois comecei a perceber que eu era rejeitado pelas pessoas que eu amava justamente porque estava sendo superficial demais...
Então, passei a entender que quando sou profundo nos meus relacionamentos é como se os construísse com uma estrutura de ferro, muito forte, capaz de resistir a grandes abalos...
Até porque, quando vivo minha essência, não sou eu quem constrói relacionamentos, mas é a própria originalidade que habita em mim, ou o próprio Deus!
Por mais que eu não seja aquilo que eu gostaria não posso esquecer que é dessa forma que fui feito pra viver plenamente...
Não posso esquecer que o que tenho a acrescentar na vida das pessoas pode ser aquilo que menos gosto em mim mesmo...
Enquanto eu não for eu mesmo, nunca serei amado da forma que preciso e sempre terei a sensação de que sou rejeitado!

“Quero viver minha essência
Não mais me perder nas aparências...”

Assim serei santo, livre e feliz...

12 abril, 2007

Via do aspirante...

Sabe aqueles dias em que vc pensa que algumas pessoas foram escolhidas por Deus para serem santas?
Sabe aqueles dias em que vc pensa que não é uma dessas pessoas?
Então...

É estranho...
Parece que tô andando pra trás...
Quanto mais caminho, mais distante da perfeição...
É essa a sensação...
Que no meu peito faz...

Mas agora me lembrei de uma frase:
“Coragem, eu venci o mundo!”
Acredito que o meu desânimo faz parte desse mundo...
É melhor eu voltar a pensar como ela:
“Deus não me inspiraria desejos irrealizáveis, portanto, posso apesar da minha pequenez aspirar à santidade...”.

Teresinha, Teresinha...
Vc também sofreu assim?
A cruz parecia ser maior que vc mesma?
A visão escureceu?
O seu mar se abriu?

Eu sou dos seus...
Daquelas almas pequenas que precisam de uma via totalmente nova para ser de Deus...
Eu sou tão pequeno que só caibo na pequena via...

Ah! Deus...
Sei que já me apresentou essa via...
Mas ela agora tá parecendo tão grande, pesada, cheia de desafios maiores que eu...
É assim mesmo?
É um cai e levanta constante?
Até quando?

Meu Senhor,
Te senti na minha lágrima...
Acho que entendi o seu recado...
Vou olhar pra aqueles pilares...

Confiança...
Abandono...
Humildade...
Amor...

E agora?
Compreendi...
Vou tentar vivê-los...
Novamente...

Essa pequena via também é dolorosa!
Não tem jeito...
Meio com medo...
Eu a aceito...
Ou melhor, eu a aceitei já faz um tempinho...

Me lembrei desse trecho da dedicatória de livro que ganhei:
“Aos caminhantes da Graça, o Pai os permitirá desfrutar da paixão e do conhecimento para o proclamar do seu Reino”

Hoje, mais aspirante que caminhante...
Mais dor que amor...
Mais cruz que luz...
e mais cego também...

No fundo...
Na verdade...
Começo a entender...
Agora é que começa a estrada...

07 abril, 2007

Uma pena...

É...
Eu sou quase uma pena...
Quase leve, pequeno e vôo ao sabor do vento...

Ah! Como eu queria ser uma pena...
Leve, pequena e voar ao sabor do vento...

É porque na verdade eu sou uma pedra
Um pedra com olhos de pena, talvez...
É uma pena!

A consciência, acho que já tenho
Só me falta a coragem de assumir
De uma vez por todas
Minha condição leve, pequena e que voa ao sabor do vento...

Quem sabe hoje isso pode mudar?
Quem sabe hoje mesmo eu me comporte como pena?
Ou melhor,
Como um filho de Deus!

30 março, 2007

Diálogo e verdade...

No ultimo domingo assistindo uma palestra sobre oração bíblica me emocionei quando o padre Celso fez uma reflexão com o significado da palavra diálogo. Ele disse que na etimologia grega a palavra expressa o seguinte sentido: “A minha vida ao lado da vida do outro para que brote a verdade”. Muito profundo isso...

Quero ressaltar a expressão “ao lado”. Ao lado não quer dizer acima ou abaixo. Dessa forma percebo que o diálogo é um instrumento divino pois nos coloca como “iguais” diante das nossas diferenças. Por mais que eu seja distinto do outro, no diálogo nossas vidas têm o mesmo peso, pois ficam lado a lado.

Fiquei pensando quantas vezes os meus diálogos tem se resumido nas defesas das minhas idéias. Quando é que deixo a vida do outro ao lado da minha para que brote a verdade? Será que não penso que minhas idéias são a própria verdade?
Continuo refletindo...

Deus é muito bom e perfeito. Se alguém fosse capaz de chegar à verdade sem depender do próximo certamente se afundaria em seu próprio orgulho. Em muitos momentos me vejo tendendo a isso. Os meus diálogos se transformam numa tentativa de convencer o outro de que estou certo e quando percebendo que não estou certo, acabo me dando por vencido e não sei aproveitar dessa situação.

Transformo o momento de diálogo num ringue onde luto pra vencer a qualquer custo. Para tanto, acabo usando de palavras inadequadas ou deturpo o contexto em que elas serviriam tão bem. Esqueço que o que me sacia não é a vitória das minhas idéias sobre as idéias do outro. O que me sacia de forma plena é simplesmente a verdade. Ganhar ou perder não é o objetivo do diálogo.

Não me sacio, também, quando a minha opinião é aceita pelo outro. Me sacio quando, pelo diálogo, o meu íntimo é compreendido e sentido pelo outro.

Não é fácil sofrer a renúncia da minha vontade de ser dono da verdade. Não é fácil me calar diante da vida do outro e ser atingido por ela. Não é fácil me envolver com a vida do outro a ponto de acreditar que ali mora uma verdade.Mas vou caminhando na tentativa de ser melhor...

Tem uma pergunta que insiste em não se calar: “Por onde devo começar a amar?”. Que tal o diálogo? Que tal começar a permitir que o outro coloque sua vida ao lado da minha? Deixar com que o outro fale de si mesmo e mostre os seus motivos já é amor... E o amor é fonte da verdade...
.
Cada ser que está próximo a mim é uma oportunidade única para que eu me aproxime dessa fonte. Que minha vida possa estar ao lado das vidas dos meus próximos para que, com a graça de Deus, seja também essa usada como fonte de verdade!

15 março, 2007

Tudo é Graça!

Como é bom ter amigos!
Como é bom, também, ficar um tempo longe dos amigos e poder relembrar das conversas de um jeito diferente: Agora são só eu, as palavras lembradas e Aquele que move toda lembrança...

“Tudo é graça!” Era o que Teresinha dizia no auge do seu amadurecimento espiritual e foi também o que um padre disse para minha amiga: “Tudo é graça, tanto as coisas boas quanto as coisas ruins que nos acontece. E essas palavras confortaram o coração da minha amiga, pude perceber claramente quando ela me contava meio emocionada.

“Preciso te dizer como a doença do meu me ensinou sobre a vida...” Essa frase foi dita por um amigo que perdeu seu pai recentemente, depois de uma batalha contra um câncer. Quando ele me disse isso, logo veio à minha mente, novamente, as palavras “Tudo é graça!”.

Cada dia tenho percebido mais como a vida tem sentido. Percebo ainda que sofrimento e morte fazem parte da vida, portanto, também têm um sentido. A angustia que sinto agora, por ter lido um trecho do livro “O céu começa em você” que fala sobre a soberba, é muito benéfica pra mim e para os outros que estão em minha volta.

Sofrer com o embate entre o que sou e o que deveria ser é saudável quando, a partir dessa reflexão, eu me proponha algumas mudanças simples e pequenas.

Tudo é graça!
É graça de Deus descobrir minhas tantas falhas e limitações. Esses dias estávamos, eu e outro amigo, a imaginar como seríamos se não tivéssemos conhecido a Deus e não tivéssemos consciência da nossa miséria humana. Percebemos juntos, que seriamos, piores do que hoje são considerados os piores da nossa sociedade.

Estar ciente dos meus pecados e concupiscência têm me feito avançar, de fator, para águas mais profundas. Confesso que às vezes fico um pouco desesperado com a sensação de que ao invés de crescer na santidade eu torno cada vez mais distante de Deus. Mas preciso admitir que, ultimamente, quando peco sofro mais do que antes... e isso é graça! Isso tem me esclarecido quem na verdade sou e o que, verdadeiramente, me traz a paz que tanto procuro.

Benditos são aqueles que sofrem por se depararem com suas condições tão fracas e pecaminosas. Essa dor é simples e puramente graça de Deus!

Obrigado Senhor, por não ter meus amigos por perto nesse momento e poder viver um pouco a reflexão e o sofrimento sobre minhas lembranças que me leva a conhecer mais a mim mesmo e, conseqüentemente, conhecer mais a Ti....

26 fevereiro, 2007

Minha razão de viver...

"Seja o centro, seja o tudo
em meu coração, Senhor!"
Essa é uma frase da música que estou ouvindo neste momento e refletido sobre o seu peso.
É muito fácil dizer que Jesus é o meu Senhor, meu tudo, meu mestre, minha vida...
Mas como posso saber se realmente Jesus tem sido o Rei do meu coração?
Penso que analisar como tenho feito minhas escolhas na vida é um caminho.
O que tem pesado mais para que eu decida por tal ou tal coisa?
Sinto que a maior maravilha do cristianismo não é simplesmente a proposta de uma vida diferente, mas é a própria vida diferente que está em Jesus Cristo.
Ele é o caminho, a verdade e a vida!
Não somos cristãos, seguidores de mandamentos e preceitos para alcançar o sentido da vida!
O Sentido da vida já nos foi alcançado, Ele nos alcançou, Ele mesmo veio até nós!
A razão de existir do cristão é o próprio Cristo, e assim repito a pergunta:
O que tem pesado mais para que eu decida por tal ou tal coisa?
É triste perceber que a minha concepção de felicidade ainda é o que mais pesa...
Penso que ter uma bela esposa, construir uma família é um fim...
Penso que ser um estudante exemplar para ter um ótimo emprego e ganhar muito dinheiro é um fim...
Pobre de mim que tantas vezes fujo da consciência de que o meu fim é Deus!
Tudo que vivo nessa terra deve ser um meio para aproximar de Deus...
O que mais deve pesar para que eu decida por isso ou aquilo deve ser Jesus.
Tal escolha me aproximará de Dele?
Namorar nesse momento me aproximará de Deus?
Abrir mãos dos meus trabalhos na igreja para estudar me aproximará de Deus?
Este emprego será um meio para me levar a Deus?
Infelizmente poucas vezes faço essas perguntas, prefiro decidir usando os meus argumentos próprios...
Prefiro, eu mesmo, planejar o meu futuro...
Prefiro, eu mesmo, saber o que é melhor pra mim...
Afinal de contas a vida é minha!
Será que é mesmo?
Definitivamente não é!
Basta que eu olhe para as escolhas que fiz sem antes pensar em Deus.
Como me entristeci...
As vezes até fui feliz, mas tão momentaneamente...
Era uma felicidade tão rasa que passou...
Pra falar a verdade nem me lembro se realmente fui feliz...
Mas em todas aquelas vezes que confiei em Deus e Ele mesmo foi o pré-requisito para as minhas escolhas, e fui feliz...
Apesar de em vários momentos eu me sentir só, me sentir incompreendido, isolado e desamparado...
Mas tudo isso contribui para uma felicidade sólida, que marcou, que ficou...
Uma felicidade que ainda vive em mim...

"Meu tesouro, minha razão de viver..."

Me lembro de quando fui comprar meu computador e questionava se tal compra me aproximaria mais de Deus.
Eu mesmo debochava de mim...
Pensava: “O que um computador tem a ver com Deus?”...
Tentei passar por cima desses pensamentos e orei: “Se for para que eu me aproxime mais de Ti, Senhor, que eu consiga comprar um computador...”
Hoje percebo que Ele não falhou, me deu o PC e todas as oportunidades de glorifica-Lo através dos trabalhos que realizo nele.
Um desses trabalho é este blog...
Que seja Jesus a nos guiar nesse caminho e que ao mesmo tempo Ele seja o próprio caminho!
Amém...

"Seja a vida em meu peito cada dia, aqui e eternamente..."

21 fevereiro, 2007

Hoje tão somente...

Hoje reflito sobre a minha dificuldade de estar inteiro nas situações atuais da vida...
Como o ontem e o amanhã influenciam de forma exagerada no meu hoje!
O pensamento do que foi ou do que será me impendem de viver plenamente o agora justamente por que não me deixam estar completo no momento presente.
É impressionante, mas tem dias que não vivo nenhum momento que lhes são próprios... Passo o dia fazendo coisas para amanhã ou fazendo coisas que deveriam ter sido feitas ontem.
Não estou aqui dizendo que devo ser displicente ao ponto de ignorar meu passado e meu futuro, o que quero dizer é que eles devem ocupar um espaço certo nas nossas vidas.
O passado é minha experiência e o futuro minha esperança...
Não podem controlar as minhas atitudes diárias!
O que é a vida senão o hoje?
Santa Teresinha viveu tão somente o hoje e encontrou um sentido pleno para sua vivência aqui na terra...
Tinha consciência que para amar a Deus, a tarefa mais importante do mundo, só possuía o agora, o instante presente.
Qual é a tarefa mais importante da minha vida?
Quando posso realizá-la?
Não é simples?

“Minha vida é só um instante, uma hora que passa. Minha vida é um só dia que se esquiva e foge bem o sabeis, meu Deus! Para vos amar na terra só tenho hoje.” (Sta. Teresinha)

09 fevereiro, 2007

Peso da santidade...

Hoje estou sentindo um pouco o peso da palavra santidade.
Um dia decidi que ela faria parte do meu vocabulário.
Outro dia entendi que vive-la é possível.
Num outro pensei que eu a conhecia completamente.
Quão enganado eu estava...

Entender que posso ser santo é uma grande libertação, no entanto é apenas o primeiro passo.
A santidade se faz nos pequenos detalhes do dia a dia.
Pra eu saber se sou santo basta que eu olhe para meus relacionamentos com meus amigos de república, por exemplo, que se deparam com as várias faces de mim.

É...
Estou muito longe...
Ainda não sei parar, e olhar no olhos como Jesus fazia...
Não sei escutar, nem compreender como Jesus...
Não sei controlar meu orgulho...
Meus instintos quase sempre me dominam...

É triste admitir, mas sou extremamente desobediente a Deus!
Uma coisa é errar sem saber que está errando...
Outra coisa é ignorar seu próprio conhecimento do que é certo e errado...
Dói...
É difícil!
É simples...

Acabei de apagar uma frase que tinha escrito:
“Quando será que isso vai mudar?”
É bobagem eu viver pensando que algo extraordinário vai acontecer para que eu mude.
Eu sei o que fazer pra mudar!
A mudança se dá através das minhas tentativas...
Ah! Eu não tenho tentando o tanto que poderia...

Não mesmo! Confesso!
Dá pra tentar muito mais, mesmo não sabendo se conseguirei...
A sensação que tenho é que se eu continuar não tentando, vou parar!
Não quero parar...
Me comprometo: Vou tentar!!!

E quando eu começar a esquecer desse comprometimento, ou melhor, quando eu começar a fingir que esqueci, Deus há de intervir!

Ah! Senhor...
Na minha liberdade eu te suplico que me prenda a ti...
Fica comigo! “Preciso da tua presença pra não te ofender!” e ser santo...

29 janeiro, 2007

Entre a privacidade e o egoísmo...

O que deve ser privacidade para um cristão?

Posso “esconder” minha vida sabendo que ela não é minha?

De fato algumas vezes Jesus requereu uma certa privacidade, mas essas vezes em que Ele fugiu para um lugar escondido carregavam em si um propósito extremamente santo: estar com o Pai.
Olhando para mim e para outros cristãos constato uma grande dificuldade em estar “disponíveis” para outras pessoas como Jesus sempre esteve. Não estou dizendo que sempre temos que abdicar dos nossos planos para atender as expectativas das pessoas.
O que observo é que muitas vezes nem damos oportunidade das pessoas nos revelarem as suas necessidades. Com a justificativa da privacidade nos fechamos de uma forma condenável aos olhos da Perfeição.
Sei bem que precisamos de algumas reservas, não dá pra expor toda minha vida para todas as pessoas. O que não posso esquecer é que, como tantas coisas que não sei, sou impossibilitado de saber se alguém precisa ou não dos meus dons apenas com uma análise superficial. Se eu não me “sacrificar” para deixar alguém entrar na minha casa, não compreenderei em que posso ser-lhe útil.
Quero com este texto trazer uma provocação pra mim mesmo e para quem o lê:

O que Deus pensa de mim quando vejo alguém que não me simpatizo muito e mudo de lado na rua?

Sou cristão quando bloqueio um amigo no MSN porque o papo com ele é meio chato?

Como Jesus agiria nessas situações?

A palavra de Deus me revela que não sou dono da minha vida e por isso não tenho o direito de escondê-la. Tenho sim o direito à privacidade, mas desde que essa privacidade seja para promover meu encontro com o Pai e assim ser melhor para mim mesmo e para os outros que necessitam dos meus talentos.
Provavelmente não será amanhã que conseguirei realizar plenamente toda essa santidade que estou propondo, mas preciso fazer dela um projeto de vida, caso contrário, não devo ser chamado cristão.
Privacidade sim, egoísmo não!

17 janeiro, 2007

Meu avô e o céu...

Esses teus olhos
Faziam jus à cor
Céu é o que eu via
Quando te via

Era bom chegar perto
Te sentir interessado
na minha semelhança com Deus

Era o amor latente
nas tuas mãos cansadas
de um trabalho duro
para muita gente abrigar

E quando nelas tinhas Jesus
Era fácil sentir tua comunicação
Com o lugar onde agora estás

O céu celebra o exemplo de cristão
Que foste pra nós
Uma esposa
Sete filhos
Quinze netos
Quatro bisnetos
que amam...
Ou pelo menos buscam amar como o senhor...

10 janeiro, 2007

Generosidade invencível...

Uma vez recebi um recado de minha Mãe que jamais esquecerei. Era, de fato, mais uma confirmação do chamado a viver a santidade. O recado era o seguinte: “Deus não se deixa vencer em generosidade!”
Hoje essa frase está tendo um significado bem diferente pra mim. Aliás, acho que o entendimento de generosidade é que está mudado. Sempre relacionei essa palavra com altruísmo, ou seja, ser generoso pra mim era fazer o bem para as pessoas. Dessa forma eu viveria “plenamente” a perda da minha vida e responderia ao chamado de seguir Jesus. Mas existe uma outra palavra de Jesus que diz: “Ame o teu próximo como a ti mesmo”. Como amar a mim mesmo?
Agora consigo conciliar o “perder a minha vida” e o “ amar a mim mesmo”, que era tão difícil de entrar na minha cabeça. Perder a minha vida não quer dizer anular a minha personalidade! Pelo contrário, quando perco a minha vida em Deus é que encontro realmente quem sou. Está aí o grande segredo: Quando me abandono em Jesus, perco a minha vida e a encontro...
Encontro a minha personalidade própria e única criada à imagem e semelhança de Deus. É amando essa personalidade que amarei verdadeiramente os meus irmãos. Parece obvio isso né?! Mas pra mim tem sido uma descoberta de verdade e grande libertação.
Não é difícil encontrar no meu coração um desejo de me doar ao próximo. Mas o que tenho constatado é que esse desejo, se não bem trabalhado, pode me afastar do propósito de santidade. Quando eu me dôo ao próximo e ao mesmo tempo fujo das situações adversas do meu interior eu não me desenvolvo na perfeição que tanto sonho. Quando meu amor ao próximo é uma desculpa para não encarar minha essência e reconhecer meus limites, na verdade, eu encontro a minha vida. Na minha condição humana, sem a Graça, busco dar um sentido pra minha vida. Esqueço que dessa forma apenas perdê-la-ei como Jesus bem me alertou. Mas o que isso tem a ver com generosidade?
Como mencionei que estou redescobrindo o sentido de amar a mim mesmo também estou descobrindo um novo jeito de ser generoso. Tenho percebido, há um certo tempo, que sou muito pouco generoso comigo mesmo. Tantas vezes sinto gosto ao ouvir os meus amigos falando de suas dificuldades e poder assim, de alguma forma, ajuda-los. Mas olhando pra mim, enxerguei uma enorme dificuldade de falar para meus amigos sobre minhas dificuldades. Vi uma falta de generosidade para comigo mesmo e essa falta de amor próprio está prejudicando no meu encontro com a verdade.
Antes de prosseguir quero fazer uma distinção entre duas dificuldades. Tenho aquelas que até gosto de falar delas, e às vezes, falo até demais. Mas existem aquelas dificuldades profundas, que me fazem sentir vergonha e dessas eu não gosto de falar.
Resolvi fazer uma experiência de falar algumas dificuldades para um amigo. Resolvi ser generoso comigo mesmo. Tamanha foi minha surpresa, pois o ato de falar daquele problema já me trouxe tamanho alívio, mas como disse minha Mãe, Deus não se deixa vencer em generosidade. Se fui generoso comigo compartilhando e amenizando a minha dor com um amigo, Deus não se tardou em sarar a minha dor de um jeito totalmente inimaginável, mas plenamente ordinário. Isso não é uma generosidade maior e “extraordinária”?
De fato, ser generoso comigo mesmo é mais difícil do que eu pensava, mas como toda dificuldade que encontro no caminho da santidade pode ser simplesmente vencida pela Graça bem mais generosa de Deus...

15 dezembro, 2006

Sobre dúvidas e questionamentos...

“Uma alma que não duvida, não questiona e não busca por nada é uma alma leviana” (Santo Agostinho).

Maria, porém, disse ao Anjo: “Como é que vai ser isso, seu não conheço homem algum?” (Lc 1, 34).

Há um tempo atrás eu lia esse versículo e achava Maria uma descrente...
Como pode alguém questionar os planos de Deus?
De certo, nessa época eu ainda sabia muito pouco sobre mim mesmo...
Sabia quase nada da minha humanidade e como a santidade cresce nela e através dela...
O santidade não apaga a minha humanidade, pelo contrário, a enche de sentido...
Mas o que isso tem a ver com dúvidas e questionamentos?
Tem a ver porque duvidar e questionar é próprio da natureza humana, e cada vez mais descubro que através desses atos Deus se manifesta poderosamente na minha vida.
Com certeza, nunca terei todas as respostas que procuro neste mundo, mas buscá-las é preciso!
Não tem nada de mal na dúvida e no questionamento, o problema é se realmente estou disposto a enfrentar a “angustia” proveniente deles e se me comporto como alguém que quer encontrar...
Eu preciso ter um coração acolhedor para receber as repostas de Deus que tantas vezes são grandes surpresas pra mim...
Infelizmente a minha tendência é questionar e duvidar, mas sem dar uma chance de algo inusitado acontecer e atender aos meus anseios.
Procuro como quem já conhece o que procura... Isso não é bom!
Não me abro ao novo, não tenho um coração acolhedor como Maria teve...
Ela deixou que o anjo trouxesse uma resposta ao seu questionamento e então se confortou...
“Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” (Lc 1, 38)
Além do mais, quando eu duvido dou a oportunidade da renovar a minha fé...
Quando não duvido, posso não deixar que as informações atinjam o profundo do meu ser e passem a, realmente, fazer sentido pra mim...
Quantas vezes eu aceito um direcionamento de outra pessoa e em pouco tempo aquilo passa a não fazer mais sentido pra mim?
Eu posso aceitar o conselho de um amigo, mas definitivamente se essa sugestão não satisfizer os meus anseios internos, será muito fácil de ser esquecida...
É através dos meus questionamentos, ou seja, busca por respostas que tenho mais chance de encontrá-las...
É muito mais difícil encontrar algumascoisa que eu não esteja procurando, pois posso me deparar com essa coisa e não me dar conta de que ela é muito útil pra mim.
Questionar os planos de Deus e seus projetos pode refletir muito mais interesse do que descrença...
Mas repito:
Preciso ter um coração acolhedor e estar ansioso por encontrar as respostas que o próprio Deus tem pra mim.
É questionando e duvidando que as informações passam a fazer sentido na minha vida...
Não quero viver superficialmente!

07 dezembro, 2006

Aqui é meu lugar...

"...Teresinha percebeu que as flores convivem harmoniosamente nos jardins do mundo inteiro. Não há disputa entre elas. Cada uma perfuma e enfeita a vida das pessoas, os vasos e as casas, com os atributos que o Senhor lhes concedeu. Compreendeu que todas as flores são belas, "... que o brilho da rosa e a alvura do lírio não impedem o perfume da pequena violeta ou a simplicidade encantadora da margarida" (Manuscritos Autobiográficos, 3f). A suntuosidade da rosa, sempre procurada e admirada, não oprime as flores menores, que salpicam os campos de alegria. Ainda bem que as humildes violetas e margaridas não almejam ser rosas. Contentam-se, como as almas pequenas, em viver "aos pés do Senhor", no cumprimento de sua vontade: "Na realidade, é próprio do amor rebaixar-se". Teresinha nunca quis ser, nos jardins do Senhor, uma flor altaneira. Preferiu ser uma florzinha rebaixada, que até uma criança pode colher e passos desavisados podem pisar..."

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Aos teus pés, Senhor...
A tantos lugares atrativos,
é onde prefiro estar...
Olho para mim e vejo que com imenso amor tens me tratado desde a minha infância...
Como Teresinha, devo amar-te não porque perdoaste-me muito, mas porque perdoaste-me tudo...
Me poupaste de vários erros, mas ainda assim escolhi muitos com a minha liberdade, e nem por isso deixaste o teu amor por mim...
Neste momento eu desejo recomeçar...
Recomeçar no reconhecimento de que devo diminuir para que o Senhor cresça em mim...
Recomeçar na minha não busca por recompensas e elogios...
Recomeçar no oferecimento da minha outra face...
Recomeçar a fazer extraordinariamente bem as coisas ordinárias...
"Eu te suplico, ó meu Deus, enviar-me uma humilhação cada vez que eu tentar me elevar acima dos outros"...
Eu me disponho a ser vítima do teu amor para passar minha vida amando o próximo...
Não quero fugir da minha missão de lutar pela unidade do cristãos...
Acho que descobri minha função no teu corpo místico:
Ser um minúsculo leucócito de amor que ajuda na cura e harmonização de todos os outros membros...
Aceito minha condição humana e confio que, apesar das fraquezas e limitações do corpo, a tua graça há de me levar até o céu...
Eu te amo, meu Deus!

01 dezembro, 2006

Mais um pouco de mim...

Hoje vi um garoto chorar...
Um garoto especial que tem 12 anos e está na 2ª série...
Ele dá bastante trabalho para os professores, pois tem muita dificuldade de se concentrar nas atividades da escola...
Já chamei muito a atenção dele na sala.
Percebi, longo no início da aula, que ele não estava tão bem como nos outros dias.
Quando já estava indo embora o vi com a cabeça baixa e fui perguntar o que estava acontecendo, mas não quis me dizer nada.
Eu descia as escadas para sair da escola e notei que o garoto estava do meu lado.
Abracei-o, despedindo, e perguntei novamente o que estava acontecendo...
Ele começou a chorar e me disse, com palavras emboladas, que um amigo dele tinha ido embora...
Não me convenceu esse argumento, pois a tristeza no olhar dele era grande demais.
Por mais que um amigo nos deixe, não é comum ficarmos numa tristeza tão aguda como percebi naquele garoto.
Abracei-o mais forte e chorei...
Não adiantava dar conselhos, pois senti que a história do amigo ter ido embora era uma metáfora pra dizer o quanto queria ser mais amado pelas pessoas...
Chorei junto e disse que ele era muito amado!
Isso mexeu muito comigo...
Ainda estou meio abalado, e nem sei ao certo qual o motivo...
Talvez seja porque me deparei com uma tristeza tão encarnada naquele garoto e me lembrei dos tempos que eu vivia sem esperança...
Como doía...
Hoje a dor tem sentido...
Hoje a falta de amor é, de certa forma, compreendida...
Hoje a minha esperança é Viva...
Como eu quis passar, por osmose, toda essa experiência para aquele garoto!
Mas eu não posso, só Deus pode...
Me cabe a paciência num amor sincero e diário...

Me ajuda Senhor!

29 novembro, 2006

A começar em mim...

Há um tempo atrás li num cartaz da ABU:
“Muitos querem mudar o mundo, mas poucos querem mudar a si mesmos”.
Minha reflexão de hoje caminhará mais ou menos no sentido dessa frase.
Digo mais ou menos porque quero direciona-la especialmente aos cristãos e a formularia da seguinte maneira:
“Muitos cristãos querem revolucionar o mundo, mas esquecem que a revolução proposta por Jesus está no amor que deve ser vivenciado, por cada um, inteira e individualmente”.
A revolução começa dentro de nós mesmos...
Cada vez que me aprofundo no meu auto-conhecimento mais me conscientizo das limitações humanas e me torno “menos capaz” de cobrar alguma coisa dos outros.
Estando mais ciente dos meus limites é mais fácil entender os limites do outro.
Quanto mais critico a mim mesmo, menos critico o outro.
Tenho andando meio triste por ver cristãos caindo no mesmo pecado que tentam denunciar. (me incluo nesses cristãos)
Vejo cristãos querendo combater o julgamento julgando...
Querendo combater a indiferença com mais indiferença...
A falta de amor deixando de amar...
Tenho entendido que para toda situação errada na humanidade cabe uma pergunta que se dirige a mim mesmo:
“O que eu posso fazer pra melhorar essa situação?”.
Criticar, apontar defeitos, dizer o que deveria ser feito é extremamente fácil em comparação com o reconhecimento de que sou, de certa forma, também culpado pelos problemas da humanidade.
Jesus vivia apontando defeitos, mas tinha plena convicção de viver plenamente o amor.
Consciente de que estou dando o meu tudo, estarei apto a apontar o defeito do outro. E não só apontar o defeito, mas apóia-lo para que faça o que precisa fazer.
Quando eu vejo alguém agindo de forma que considero imprópria devo me vigiar para que a exclamação “ele está errado!” não determine as minhas ações.
Penso que essa exclamação deve ser substituída pela interrogação “o que posso fazer para que ele reveja sua atitude?” se é que esteja realmente errada...
Tantas vezes os erros acontecem por faltarem bons exemplos de acertos na nossa sociedade.
Ser cristão não é ser exemplo vivo de Cristo?
Jesus foi exemplo de que?
Jesus ensina errar ou acertar?
Jesus não me ensina a atacar as estruturas, mas me ensina, antes de qualquer coisa, a amar de verdade!
Não é fácil ver alguém agindo de forma tão contrastante com o evangelho e me lembrar que o que devo condenar é a atitude desse alguém e não ele mesmo.
Talvez se antes de eu criticá-lo, tivesse a preocupação de perceber se eu o amo, o mundo seria melhor...
A crítica sem amor, crítica pela crítica, é até pior do que a falta dela...
O fato é que quase sempre existe uma crítica que precisa ser feita a mim mesmo antes de eu procurar o erro do próximo.
E muitas vezes eu vejo que quando me esforço para revolucionar as minhas próprias atitudes nem chego a falar do outro, pois o problema que nos envolve acaba sendo solucionado numa velocidade surpreendente.
Porque qualquer problema da humanidade parece ser maior do que é na verdade quando eu não me dou conta da parte que me cabe na solução dele.
Confesso que para esse texto realmente fazer sentido ele não poderia estar nesse blog, pois quem o escreve não vive nem a metade contrária daquilo que está criticando nos outros cristãos.
Mas desejo, com essa exposição, chamar uma responsabilidade pra minha pessoa e para a sua.
Preciso que você que lê este texto me ajude a viver, vivendo comigo, o título lá de cima:
“A começar em mim...”...

28 novembro, 2006

O que espero de um amigo...

Começo esse texto entendendo que para meus anseios de amizade serem atendidos eu preciso, antes de qualquer outro, seguir os meus próprios conselhos e ser o melhor amigo que puder...

* Espero de um amigo um “Oi, tudo bem?” verdadeiro...

Oi, tudo bem?
Esse é o cumprimento mais comum que existe hoje em dia, no entanto poucas são as pessoas que notam que essa frase é uma interrogação e precisa de uma resposta.
Digo por mim mesmo, quantas vezes eu digo “Oi, tudo bem?” mas pensando que estou dizendo outra coisa do tipo: “Oi, estou com muita pressa!”.
Eu espero que um amigo diga “Oi, tudo bem?” e pelo menos espere que eu diga “Sim, tudo bem!”

* Espero de um amigo um “Oi, tudo bem?” no olhar...

Acho que esperar pela resposta do “Oi, tudo bem?” ainda é pouco para um amigo.
Penso que a linguagem do amor está além do português. Por isso eu posso continuar entendendo “Oi, estou com muita pressa!” mesmo se meu amigo esperar por uma resposta para o seu “Oi, tudo bem?”, mas não demonstrar com seu olhar um interesse por minha pessoa.
Eu tenho muita dificuldade de mostrar quem eu sou quando não SINTO que o outro se interessa realmente por minha vida.
E o verbo é esse mesmo: SENTIR...
Amor a gente sente...
Eu posso dizer mil vezes “Eu te amo!” para uma pessoa, mas se minhas palavras não atingirem o coração dela, serão palavras vazias...
Eu, sinceramente, espero que o “Oi, tudo bem?” do meu amigo atinja meu coração.

* Espero de um amigo um “Oi, tudo bem?” sem cobranças...

As vezes eu entendo o “Oi, tudo bem?” do meu amigo como “De novo vc com essa cara?” e isso é muito ruim!
Já me travo e não consigo falar de verdade o que estou sentido...
Ou então quando o amigo chega cheio de conselhos e nem sequer pergunta o que realmente está acontecendo comigo.
Já me cobro muito mais do que qualquer outra pessoa.
Entendo que existe um jeito de cobrar da pessoa que se ama, mas penso que é extremamente difícil viver bem esse jeito.
Se ele não é acompanhado de lembranças do amigo realmente se importando comigo, a cobrança vira uma cobrança por cobrança e me deixa sem a menor vontade de dizer que eu sou.
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Pode ser que no meio dessas palavras estejam misturadas minhas carências afetivas e um romantismo exagerado, mas espero poder contribuir mostrando um pouco da minha verdade.
Que Deus nos abençoe e nos instrua no caminho para sermos bons amigos
!