28 março, 2006

Uma diferença...

Tenho aprendido que ser diferente é correr um grande risco de ser odiado.
A minha carne anseia pelo conforto da bajulação e meu espírito deseja ser amado verdadeiramente.
Ser diferente ou ser aquilo que Deus quer que eu seja é o começo da abertura ao amor verdadeiro que o próximo pode me dar.
O que me consola é o fato de Jesus não ter fugido dessa “regra”.
Ele foi diferente, extremamente amado e odiado!
Não quero com isso desculpar minha atitude indiferente àqueles que não gostam de mim.
Penso que fazer diferença está justamente neste ponto e volto ao difícil mandamento de amar os inimigos.
Apesar de me considerar semelhante ou pior do que meus adversários em fraquezas, de uma coisa eu me orgulho: da cruz de Cristo.
Sou conhecedor da cruz e assim libertado pela verdade que dela jorra.
Consigo olhar com outros olhos para meu inimigo, daí o porquê da aproximação caber a mim.

Pelo amor de Deus sou transformado num ser compreendente da dor.
Hoje, o sofrimento tem grande sentido na minha vida.
Não será essa a grande diferença do Cristão?
Se devo me orgulhar de alguma coisa, que seja a minha capacidade de ser apedrejado.
Não estou com isso defendendo que o cristianismo consiste no sofrimento.
Pelo contrário! O Cristão é chamado a entender o sofrimento pregado pela carne e pelo mundo, e assim descobrir uma felicidade completamente diferente.

E essa felicidade é pregada somente pelo espírito!
Se prego o sofrimento pelo sofrimento, não falo de uma diferença, mas de um fundamentalismo religioso totalmente contrário à liberdade que Jesus me oferece.
E se nego o sofrimento, nego a cruz do Salvador.
Percebo que a diferença está em como encaro a dor...
O autêntico cristão caminha com liberdade igualmente nos solos cobertos de flores ou cobertos de espinhos!

Que o Senhor me instrua no amor e no crescimento do próprio Jesus em mim!

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