19 março, 2006

Sobre liberdade, amor e necessidade...

As minhas experiências e as alheia têm me mostrado quanto tempo eu vivi longe da verdade.
Longe da verdade que seria meu encontro com a plena liberdade que estou começando a desfrutar.
Pra mim, é muito claro o quão errônea é a concepção de amor no mundo atual. Usamos o termo amor para significar a nossa busca por uma felicidade que achamos ser a verdadeira: A felicidade de satisfazer as vontades próprias, e assim somos enganados e aprisionados.
Até certo ponto isso é entendível, pois é extremamente difícil acreditar que em abrir mão de meus interesses está o caminho para a minha felicidade plena.
Essa idéia é inaceitável até que me arrisco vive-la.
Um dia eu me arrisquei em morrer para meus desejos e hoje não quero mais viver de outro jeito.
A liberdade que desfruto é coisa simplesmente incomparável e tenho certeza que é a liberdade que Jesus me prometeu.
Infelizmente o amor pregado pelo mundo é um amor que sufoca.
Eu já estive dos dois lados: do lado de quem “ama” e sufoca e do lado de quem é “amado” e sufocado.
Percebo muito facilmente que ser “amado” e sufocado é muito mais incomodante do que o contrário.
Aprendi com um amigo que a necessidade que tenho dele é muito simples, ou muito pequena numa linguagem mais clara.
A abertura em me amar e a vontade de me compreender por parte do amigo já supre a necessidade que tenho dele.
A outra simples necessidade, mas maior que tenho na vida é de Deus.
É tolice pensar que as necessidades do outro e de Deus se confundem.
A de Deus somente Deus supre e a do outro, Deus sabe exatamente a hora e a “melhor” pessoa para estar do meu lado.
Não digo que ter necessidade de outro é uma coisa ruim.
Até o ponto que isso o mostra a minha vontade de amá-lo e compreende-lo em sua totalidade a minha atitude em reconhecer que preciso dele é completamente aceitável e boa, pois essa necessidade se confunde com a que tenho de amar...
Mas a partir do momento em que confundo a necessidade do outro com a que tenho de ser amado, já não distingo, com clareza, quem é Deus e quem é o outro na minha vida.
Somente Deus pode me amar e me preencher e uma da formas desse amor perfeito é o amor que o outro tem por mim.
É Deus que me ama através do outro...
Não cabe a mim, portanto, decidir quando serei amado pelo meu irmão!
Cabe a mim uma abertura total ao amor de Deus e uma abertura total em amar Deus e meu próximo!
É assim que a verdade vem sendo me revelada e hoje posso andar com mais liberdade no solo do verdadeiro amor...

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