25 novembro, 2006

Corpo estranho

Me sinto e sinto um corpo estranho
Uma sensação de não ter nada pra fazer
Diante de um milhão de coisas que precisam ser feitas

Parece que alguém tocou naquele ponto
Que estava indissolvido dentro de mim
E que enquanto derrete
Me faz um ser expectador de eu mesmo

Em quem será que me transformarei
Após ser temperado por uma parte de mim
Escondida nos confins do meu profundo?

Serei mais eu
Eu sei
Mas incomoda esse tempo de espera
Tempo de incerteza,
Tempo de escolhas que eu não queria fazer
Fazer o que?

Não correr,
Respirar, amar minha condição pobre
Respeitar o processo longo de chegar ao que sou
Viver essa pequena via de se chegar até Deus...

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