26 abril, 2008

O Bom Granjeiro...

“Era uma vez um galinheiro com galinhas novas e velhas...
As galinhas mais velhas eram mais bonitas, pois eram cheias de penas, então as mais novas desejavam muito ser galinhas velhas...
Uma galinha muito esperta, inventou uma máquina de fazer pena...
As galinhas mais novas logo se interessaram por aquela tecnologia da felicidade...
Bastava comprar as penas e cobrir todo o corpo para a galinha nova parecer uma galinha velha e experiente...
O que a galinha inventora não contou é que na verdade, a máquina de fazer pena não era bem uma máquina de fazer pena...
Mas apenas lavava as penas defeituosas que algumas galinhas velhas tinham abandonado.
Com o passar do tempo as galinhas novas que compraram as penas, ficaram velhas, mas como seus corpos estavam cobertos, as penas autênticas e verdadeiras não tiveram espaço para nascer...
Foi passando o tempo, foi passando e um dia uma coisa triste começou a acontecer...
As penas que foram compradas apodreciam, pois já estavam velhas demais...
Fediam e começavam a cair...
As galinhas velhas ficavam despenadas como galinhas novas...
E agora? O que vamos fazer? Somos velhas demais e nosso corpo já está todo enrugado, assim não poderemos ter penas novas nunca mais!”


Alguém pode me afirmar: Valeu a pena o tempo em que elas tiveram pena!

Será que valeu mesmo?
Será que quando enchemos nosso corpo de penas alheias conseguimos viver verdadeiramente?
E onde é que conseguiremos penas perfeitas senão nascerem de nós mesmos?

Infelizmente tenho percebido, a começar em mim, muitas pessoas que se comportam como essas galinhas que queriam logo ser velhas.
Não têm paciência para esperar o tempo certo de se tornarem uma galinha única, com as penas novas e próprias para o seu corpo que também é único...
Incorporam elementos de outros e com o passar o tempo, o corpo rejeita tudo aquilo...
E quando chega esse momento é doloroso demais...
E agora? O que vou fazer? Será que novas penas vão nascer?
A minha alegria maior é que nossa história pode ter um final feliz...
Não existe tempo algum que impeça os efeitos do arrependimento, do perdão e do “nascer de novo” que Jesus nos oferece!
Simplesmente precisamos reconhecer com humildade, que estamos cheios de penas alheias...
Jesus, o bom pastor e também o bom granjeiro, arranca cada pena velha e com o remédio do amor, toca o local vazio...
Dali nasce pena nova, cheia de vida, cheia de sentido...
Aleluia!

2 comentários:

Thiago Brañas disse...

Rê, no dia do meu aniversário recebo uma reflexão bela como esta como presente.
Obrigado. Te amo, amigo-irmão.

Anônimo disse...

Amado chocolat...
muito bom o texto!!!

Senti no fundo da alma esse desejo de esperar por aquilo que o Senhor quer, deixar que floreça em mim o Seu desejo, por mais que esse exercício de esperança seja difícil!

Obrigada por essa partilha...
Te amo, e estou com saudades...
mas nos encontramos sempre...n'Ele!