19 setembro, 2006
17 setembro, 2006
Bem semente...
Um ser pouco ouvinte
Muito aconselhador
E que tantas vezes se perde no meio de paradigmas
Preciso me libertar
Daquilo que mora no meu jeito
E diz que sou portador da sabedoria
Que mentira!
No fundo o meu desejo é o de ontem
Tratar o outro como único
Sinto o que ainda sinto
O que é o que penso?
Quase nada perdido no meio de tudo
Tão pequeno que não respira
Sem o crescimento de quem me escuta
Não nasci pra solidão
Gosto de música compartilhada
E a companhia num papo bem feito
De sonho em fazer um bem perfeito
O bem de hoje está meio verde
Sem morte, com pouca dor
Um bem criança, tão semente
Que justifica suas insignificantes ações
Almejo a simplicidade
Que ama e aceita o outro
Que se atinge com a sabedoria
Alimentada pela humilhação...
Postado por Renato Luiz às 23:20 1 comentários
15 setembro, 2006
14 setembro, 2006
Flor é dor...
Paradoxo, louco, ouro e médico
Livra, cura, arde no peito
Chora, sente e não volta atrás
Esse amor não se acaba
Pouco é muito, nada é tudo
Chuva é flor e flor é dor
Pano forte e um norte
Esse amor é profundo
Se faz no abismo
Na alma do preto e do velho
Nas folhas e nos ventos
Esse amor é o amor
Cor, pranto, luta e madeira
Contramão e contra rosto
Contra o gosto de quem se fecha
Postado por Renato Luiz às 23:34 0 comentários
11 setembro, 2006
Abraçar crianças...
Hoje a vontade de amor livre está maior
Amor que entra e só
Amor que não liga para o que os outros ligam
Amor que ama
Amor que vive
Tão livremente que até assusta
Que se comporta como um estranho
Tão diferente do que sou
Ou diferente do que a sociedade me faz
O amor não é normal
Mas o amor não é banal
O amor é a essência que nós perdemos
E procuramos em tantas outras coisas...
Ah! Hoje o meu peito está cheio
Até transborda por amar
Amar com vontade e até sem vontade
Mas amar, amar e amar...
Pra se encontrar, pra ser sentido...
Pra ter sentido e dar sentido
Àqueles que sofrem ou morrem por outras coisas
Que não seja a cruz
De onde jorra o amor e a graça pra vivê-lo...
Estou chorando, por não saber o que fazer.
Não dá pra amar parado!
Tem que amar agindo, andando, cantando
Pelo menos olhando
E abraçar as crianças...
Essa é a sensação maior desse meu amor...
Abraçar crianças...
Por isso o amor de Deus por mim é pleno
É o Pai que abraça seu filho tão pequeno...
Postado por Renato Luiz às 08:56 1 comentários
10 setembro, 2006
Hoje é todo dia...
Desconhecida, doce e pura
Num tom tão reunido e experimentado
De sons apaixonados
Em passo azul que acalma e cura
A sensação é de um ser fragmentado
Em pratos rasos e pouco claros
Um olhar cansado sem criatividade
Uma vontade de nada querendo tudo
Mas esse não sou eu
É uma inversão de eu
Partido, ferido, calado e mudo
Forte, angustiado e tão desiludido
Quero ser, mas não sei
Quero estar, mas tenho carência
Quero amar, mas eu preciso
Os sentidos hoje me fogem
As palavras são descontentes
As letras sem sabor
Mas as cores continuam
Colorem os panos de fundo
Riscam meu mundo
Escorrego num brinquedo
Que eu mesmo construí
Brincar de amar não dá
Amor é sério
Estou sentindo
Amor quer o que não quero
Amor, no fundo, quer o que já vi
Um dia eu sonhei com a brisa
No outro, com o lugar
Por fim abro os olhos pra vida
Me resta a vida
Me cabe o que é claro, verdade e paz
Eu sou pra cruz
E ser feliz...
Postado por Renato Luiz às 08:49 1 comentários
09 setembro, 2006
Sobre a escrita e o canto...
Quando não sei, eu escrevo.
Ainda meio sem jeito
Eu acerto no peito
Daquilo que quer me abafar
Quando eu sei, eu canto.
Ainda meio sem jeito
Eu acerto no peito
Do que quer me alegrar
Ainda meio sem jeito
Eu acerto no peito
Do verdadeiro peito
E, às vezes, no meu...
Postado por Renato Luiz às 00:01 0 comentários
07 setembro, 2006
Um pouco sobre a vida, meus sonhos e o céu...
O que é a vida?
Hoje, pra mim, ela se resume na realização dos meus sonhos mais profundos...
O que são os meus sonhos?
Tantas vezes me perdi sonhando sonhos alheios...
Sonhos da sociedade que não se realizavam plenamente em minha vida...
Eles precisavam primeiro passar pelo consentimento da minha essência, formada a imagem e semelhança de Deus...
Minha essência sonha céu...
Céu é ver as pessoas felizes, já disse um santo...
Ainda preciso fazer uma distinção entre ver e enxergar...
Céu, pra mim, é enxergar as pessoas felizes...
Ainda vejo com meus olhos, às vezes enxergo com os olhos de Deus...
E quando isso acontece, como vivo livre!
Tantas vezes eu vejo, mas não enxergo...
Para enxergar preciso de um relacionamento com o que vejo...
Para enxergar preciso sentir o que vejo...
O Cristão é transformado e seu olhar passa a ser o olhar de Deus...
Os olhos de Deus constantemente me enxergam como realmente sou...
Os olhos de Deus procuram minha felicidade e se não a encontram, apontam-na...
E eu?!
Ah, meu sonho mais profundo é ter olhos de Deus...
Procurar a felicidade do outro e se eu a ver, querer enxergar...
E se não enxergar, apontar...
A felicidade passageira, ditada pelas coisas passageiras, eu verdadeiramente não enxergo...
Quando enxergo, sinto o que é profundo do outro e me alegro com isso...
Por mais que a felicidade dele seja desprezo para meus sonhos e minhas felicidades passageiras...
E a vida?!
A vida é isso...
É segundo, é milésimo, é momento...
É alegria na alegria do outro, é uma dependência independente do outro...
É enxergar o outro...
Enxergar a felicidade do outro...
Mas isso não é o céu?!
Sim, parece-me que a vida verdadeira é o céu...
Se confundem...
Se purificam na minha experiência de sonhar com minha essência...
Sonhar os sonhos que Deus já escolheu pra mim...
Na minha liberdade, no meu livre arbítrio...
Que se intensificam à medida que me prendo ao Amor...
Postado por Renato Luiz às 14:00 0 comentários
05 setembro, 2006
04 setembro, 2006
03 setembro, 2006
Problema X Solução
Sou parte do problema
Postado por Renato Luiz às 15:24 1 comentários
01 setembro, 2006
Experiência...
Quando falei, esqueci o que pensava...
Mas quando amei,
Ultrapassei meu pensamento
Postado por Renato Luiz às 17:51 1 comentários
Perder e ganhar...
Ela não é a vitória que sei definir...
O sentido da vida está muito mais próximo de mim do que imagino...
Parece que me canso muito no caminho que me leva a ele porque luto com armas erradas...
Desgasto-me tentando convencer a mim mesmo de que posso alguma coisa...
A busca por sentido é sim uma luta...
Mas uma luta contra as minhas próprias vontades de “não sentido” que vivem lado a lado com meu desejo de ser o que nasci pra ser:
Um ser que perde pra ganhar...
Postado por Renato Luiz às 16:05 0 comentários