21 fevereiro, 2006

Minha experiência e a alheia...

Estou convencido de que meu coração foi feito pra amar...
Tenho entendido também que amar está muito ligado com o compreender na verdade...
A compreensão se dá a partir de uma análise inteligente das minhas próprias experiências e das alheias...
Acredito que meu coração tem dois lados distintos e ligados ao mesmo tempo: o lado que guarda a minha experiência e o lado que guarda a experiência do outro.
Precisa ser bem equilibrado pois a minha não deve abafar a alheia e nem essa abafar a minha...
Aí se encontra a grande dificuldade!
Como confundo as coisas!
Minha tendência é colocar no lado das próprias experiências as alheias ou não aceitar que meu coração tem a necessidade da vivência do outro!
Nada que eu faça vai preencher o espaço que já é do outro em minha vida...
Foi assim que Deus nos criou, seres “interligados” para se relacionarem e se descobrirem.
É claro que se não me relaciono com o Criador não me conheço e assim o lado da experiência própria fica vazio...
E se não tenho base, que é a compreensão de mim mesmo, não consigo colocar o outro no seu devido lugar na minha vida.
Nada que o outro faça vai preencher o espaço do meu conhecimento próprio, da minha “solidão”, pensamento sobre mim mesmo e sobre o Deus que me amou primeiro e me chama a amar.
O equilíbrio está em Jesus, definitivamente...
É Ele quem me ensina a olhar para o outro e ver alguém que tem muito mais pra oferecer do que imagino e ao mesmo tempo é tão limitado como eu.
O outro tem o próprio Deus ainda que disperso em meio às máscaras do mundo.
Mas vejo que o exercício sincero de encontrar Deus no outro é diretamente proporcional ao encontro que tenho com Ele em mim mesmo.
Em reconhecer que não vivo só com minhas experiências e que preciso ter minhas próprias experiências está o equilíbrio cristão.
Sou um e sou todos desde que eu saiba perfeitamente o Autor desse paradoxo miraculoso!

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