25 agosto, 2008

Eu sou tão pequeno...

“Eu sou tão pequeno, mas posso ser profundo...
Fazer as coisas muito simples, com o maior amor do mundo...”


Sim, posso ser profundo!
Mas não é nada fácil quando me deparo com minha pequenez...
Às vezes a gente tem a sensação que tudo está muito bem...
Quando me sinto assim começo a pensar que cheguei num bom estágio da minha caminhada cristã. Mesmo sem refletir, tomo como verdade que já superei muitas dificuldades e me afasto bastante de quem realmente sou.
Estou dizendo isso porque ontem vivi uma experiência muito simples, mas que me fez olhar pra mim como há um tempo eu não fazia.
O fato é que eu me distraí com outra coisa enquanto alguém conversava comigo e depois a pessoa me perguntou:
- Você prestou atenção no que eu disse? - Eu, mesmo inseguro, insisti em dizer:
- Sim, eu prestei atenção no que você disse!
- Então o que foi que eu disse?
Eu disse umas palavras e pela cara da pessoa não tinha sido nada daquilo que ela tinha falado. Tamanha vergonha eu senti e acabei assumindo que tinha me distraído e não havia prestando atenção no que ela tinha dito. Mas disse num tom de justificativa, como se algo maior tivesse movido minha atenção e como se fosse impossível eu ter me concentrado na conversa por conta dos meus motivos.
A pessoa ficou chateada e com razão!
Apesar dela não ter falado, eu acho que foi mais por conta da minha mentira justificada do que pela minha distração.
Sinto que o que incomoda mais os meus amigos não são as minhas limitações, mas minha arrogância em não assumir minhas limitações...
Seria muito melhor se eu tivesse dito a verdade: “Sim, eu não prestei atenção no que você disse, pois me distraí...”
Pude perceber que minha concepção de amor ainda continua errada...
Penso que amo alguém quando escondo minhas limitações para valorizá-lo!
Esqueço que o amor se alimenta da verdade...
E o meu amor é perfeito e profundo, paradoxalmente no momento em que eu assumo que ele respeita os meus limites...

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