13 março, 2008

O sentido da limitação...

O ser humano é limitado!
Criado a imagem e semelhança de Deus, mas criado!
Não é Deus, não pode realizar tudo que quer...
Acredito que até aqui concordamos em gênero, grau e número. Mas a minha provocação, que se dirige primeiramente a mim, é mais profunda...
É inevitável me deparar com pessoas, como eu, que também são limitadas. Mas o que fazer para que a limitação humana seja a meu favor?
Os limites precisam ser sentidos e terem sentido!
Tentando explicar...
O fato de eu enxergar uma limitação no outro e apontá-la, pode não fazer diferença na vida dele enquanto ele mesmo não se conscientizar, e encontrar sentido nessa limitação.
As dificuldades de alguém percebida por mim, podem dizer muito para mim, mas não necessariamente dirão para quem me mostra.
O que quero expressar com isso tudo é que, muitas vezes, a percepção da limitação do outro é a chave para perceber as minhas próprias limitações.
Penso que para me incomodar com os limites do outro, eu já tenha andando um pouco no meu próprio caminho e então me deparo com tal limite, que talvez seja mais meu do que do outro!
Enquanto que nas vezes que aponto a limitação do outro, eu aponto um caminho que ele, por ele mesmo, precisa percorrer pra verificar se a minha percepção da sua limitação procede.
Hoje, isso faz muito sentido pra mim...
Posso sim, ajudar o próximo mostrando algumas dificuldades dele que eu vejo e, por acaso, ele não, mas penso que isso fará muito mais sentido pra ele, quando fizer, primeiramente, sentido pra mim...
A partir de agora quero sempre me perguntar:
“Em que medida os limites do outro mostram os meus próprios limites?”

3 comentários:

Bárbara Matias disse...

Ei Renato!

Bonito é isso.. e é tão verdadeiro também:“Em que medida os limites do outro mostram os meus próprios limites?”

Que seja tão verdade isso em nós!

obrigada pela visita! E quero vr aqui com mais tempo para ler os seus textos..

Gostei muito daqui!

bjos!

sblogonoff café disse...

Tenho visto aqui em seus posts problemas com o outro!
Mas sabe, existem pessoas limitadas que expandem tanto o ego de modo a não nos caber em volta.
Temos então duas opções: Guerrear ou partir para outro espaço até que o dono do ego possa perceber que está só.
Então, a gente volta.
Relacionar é arte.
Não é o outro que nos mostra como somos´. É a maneira como reagimos perante o outro.
Que o amor possa sempre permear nossas relações!

LUZ disse...

Olá
Gostei do texto. Vim aqui parar por acaso, mas foi um feliz acaso porque ando mesmo a pensar sobre isso ultimamente. Aliás encontro-me exactamente numa posição complicada de ter que mostrar a outra pessoa uma limitação que reconheci nela porque é algo que também já senti. Por ter tomado consciência de tal limitação tenho-o trabalhado. Se calhar a reconheci com maior facilidade nessa pessoa. Mas receio porque também sei que aquilo que não reconhecemos com os próprios olhos, que não experienciamos nós mesmos, é mais dificil de aceitar.
Isso me põe num impasse.
Por isso posso pegar na tua questão e voltá-la ao contrário:
"Em que medida os meus limites mostram-me os limites dos outros?"