24 agosto, 2006

Santidade fraterna...

O choro de um amigo tem sido um dos meios que mais me levam à intimidade com Deus.
Presenciar um reconhecimento da fraqueza humana e sua impossibilidade diante de determinadas situações me conduzem para o chão...
Me leva a também reconhecer a minha miséria...
Me leva a ser consciente da minha dependência de Deus...
Me leva a sentir uma dor verdadeira de amor...
Um desejo de fazer alguma coisa por aquele coração contrito...
Um entendimento do sentimento de Deus...
Um experimentar do todo de Deus...
Uma comunhão com o outro...
Uma comunhão com Deus...
Não desejo que o amigo sempre chore para que e me aproxime de Deus.

Não sou capaz de escolher os meios de me aproximar de Deus...
Mas é que hoje vejo mais sentido na dor do outro na minha vida...
Hoje, a dor do outro não ensina somente a ele...
O choro de um amigo chora comigo o sofrimento esperançoso da santidade fraterna...

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi, tudo bem?
Certa vez conheci uma pessoa que me dizia que estava vivendo um momento em sua vida em que queria estar sempre sofrendo, pois era no sofrimento que ela sentia a presença e o carinho de Deus...
E hoje eu vejo este texto e posso comprovar mais uma vez que não importa como estejamos, o que usaremos para nos aproximar de Deus, o que importa realmente é que Ele quer estar perto de nós, estejamos nós vivendo o sofrimento ou amando quem sofre!

Que Deus te abençoe!
E num pára de postar não!

valeu pelo comentário no meu blog!

abraço!

Anônimo disse...

Esse lance de reconhecer a dependência é muito importante mesmo cara...

Anônimo disse...

É... este é o caminho.
Gostei especialmente de você dizer que não deseja esperar o choro do amigo para se aproximar de Deus, pois isso é muito comum, infelizmente, e em vários outros aspectos também. Muito bom! Com isso vejo que você se deixou ser ensinado por Deus, postura que te levará ser constantemente um homem bem-aventurado. Você compartilhou seu aprendizado com muita habilidade. Parabéns. =)

Anônimo disse...

Cariríssimo, gostei de sua reflexão... me fez pensar que sinto Deus nas pessoas que não conhecem a mim, nem a pão, cultura, amizade, família... sinto Deus em quem está tão carente quanto o Cristo cruxificado, o Cristo que questiona um suposto abandono de Deus... Eu quero ser amigo "dos que sentem fome, dos que morrem de vontade", mas, meu Deus, eu não os mostro sequer a minha lágrima...