19 junho, 2007

O sentido dos sentidos...

Quando se tem um PORQUÊ se suporta quase todos os COMOS...
Essa frase do Nietzsche expressa bem o que acredito ser a verdade, mas me parece que ele, com sua exaltação às vontades humanas, acreditava que o “porquê” está extremamente ligado ao querer.
Talvez aí esteja uma das maiores tristezas do homem: a decepção das suas expectativas.
Quantas vezes eu erro no pensamento de que determinada ação me fará mais feliz?
Quantas vezes eu me decepciono com decisões que tomo levando em consideração apenas a minha felicidade?
O sentido da vida e de todas as coisas simplesmente não pode ser criado!
Ele existe, é muito maior que nós mesmos, e não se prende à nada...
Ele é capaz de nos fazer transcender o tempo e o espaço, e dessa forma vivermos sempre rodeado de novidades. A nossa vida não se torna repetitiva e cansativa.
Se hoje ajo do mesmo jeito que ontem, e se essa ação tem um sentido, ela é diferente porque transcende o tempo...
Considero que nossa sociedade está em busca de novidade. É isso que justifica o nosso consumo exagerado e nossa sede insaciável. O que buscamos na verdade é um sentido pra que possamos nos contentar com aquilo que somos e temos.
Esta é a maior virtude de um sentido profundo: Eu me realizo com o que sou e o que tenho!
Sendo assim, as minhas atitudes serão apenas uma continuação de mim mesmo...

Não serão tentativas de me justificar ou de me saciar...
Serão expressões do sentido maior que habita minha essência...
Muitas são as coisas que pra mim não fazem sentido e por isso me canso tanto ao executá-las.
Hoje, me resta estar aberto a desconstruir o que penso e descobrir o verdadeiro sentido das coisas, já que ouso dizer que entendi o sentido dos seus sentidos...

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