19 junho, 2006

E sobre as cores?

Elas que são flores, móveis e telepatias
Elas que abraçam, amenizam e quase curam
Uma profunda falsidade de avaliar os investimentos
Peraltas e dobrados de um ser inconstante

Elas que aquecem o verão
Elas que apedrejam o coração preto e branco
O coração cintilante
O azul escaldante de vontade quase própria

Elas que me chamam para fora
Elas que aterrissam no calçado pardo
Do sono profundo de um ser que não sou
Elas adulam a branca sede
De beber um copo maior do que minha mente

Elas que me enlouquecem
E redescobrem um pouco da verdade que pisca
No meu olhar pouco sincero.

Elas que são cores e quase me preenchem
Mas não respondem por elas mesmas
Não são auto-suficientes
Não são como Luz...

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